Leitura em grupo feita no parque natural. Cheiro de natureza.
Durante a leitura, cada fala, cena, fluindo.
Participação dos insetos, animais
ali presente, tornaram-se protagonistas da dramaturgia. E algum momento a
dispersão aparecia e com ela a quentura, umidade da mata... Uma pausa para
conhecer o museu. A diversidade dos insertos, bichos... Entender um pouco sobre
taxidermia com a mini aula que edmar deu. Voltando para o término da leitura e
compreensão, visualização das cenas
tornam-se mais nítidas. Um reencontro com a natureza. Conexão com a vida,
biodiversidade. Encontrar-se. Pés fincados.
Leitura
neutra em meio à natureza. Não houve nenhuma divisão dos personagens, lia quem
desejava, era aleatória. Tal dinâmica com o texto me despertou para a
necessidade de sensibilidade e atenção, para que não atropelasse a leitura do
outro e estivesse atenta ao local. Alguns fatos foram marcantes e influenciaram
tanto na maneira de ler o texto quanto na minha percepção e construção pessoal.
O
material que estamos nos debruçando me instiga à reflexões sobre o modo de
viver no seringal, mais especificamente à conexão com a natureza e a
simplicidade humana. Considerando o caos de uma sociedade capitalista, e o
pouco tempo que eu (imagino que muitos cidadãos) dedico a conhecer e estudar
sobre si, vejo as experiências de campo (ida ao Parque Circuito e ao Parque
Natural) como estímulos valorosos que me despertaram para a alteração de
comportamento quando em contato com a natureza. Como se me reconectasse, ou
voltasse à origem. Minhas
energias sendo recarregadas pelo ar puro e fresco do local. A importância de
estar atenta ao que circula e que emana de mim, possibilitando abertura às
influência do meio (árvores, riacho, macacos e mosquitos) tornou a leitura mais
envolvente, simples e sensível. Logo, exigiu muita atenção durante todo o
encontro. Do trajeto Tapiri/Parque/Tapiri à visita ao museu. Em
resumo de tantas sensações e interpretações, destaco a relevância de estar
atenta e disponível para que o caminho/processo seja proveitoso e produtivo.
Caminhar por uma trilha de madeira, molhada e escorregadia que nos obriga a buscar o equilíbrio constantemente, com um texto na mão e olhos que se perdem entre a paisagem exuberante das copas e troncos, folhagens rasteiras... e o texto que muito diz sobre onde estamos caminhando, e os olhos se perdem, perco o foco constantemente.
A voz sai diferente, por mais branda, branca e neutra que quero discorrer a leitura, impossível não transmitir na voz as sensações que estou vivendo nesse momento. Frescor da mata, a sonoridade do local que interfere positivamente nessa caminhada, os tapas inevitáveis em meu corpo pra tentar conter o ataque dos piuns e carapanãs que insistem em me cutucar. Preciso ser ouvida por eles, meus companheiros de cena e aventura de pesquisa, preciso ouvi-los... muitas informações em um só momento. Precioso momento pra sentir, se colocar no lugar do outro, ser uma “Borracheira” em todos os sentidos.
Caminhar por uma trilha de madeira, molhada e escorregadia que nos obriga a buscar o equilíbrio constantemente, com um texto na mão e olhos que se perdem entre a paisagem exuberante das copas e troncos, folhagens rasteiras... e o texto que muito diz sobre onde estamos caminhando, e os olhos se perdem, perco o foco constantemente.
A voz sai diferente, por mais branda, branca e neutra que quero discorrer a leitura, impossível não transmitir na voz as sensações que estou vivendo nesse momento. Frescor da mata, a sonoridade do local que interfere positivamente nessa caminhada, os tapas inevitáveis em meu corpo pra tentar conter o ataque dos piuns e carapanãs que insistem em me cutucar. Preciso ser ouvida por eles, meus companheiros de cena e aventura de pesquisa, preciso ouvi-los... muitas informações em um só momento. Precioso momento pra sentir, se colocar no lugar do outro, ser uma “Borracheira” em todos os sentidos.
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