Memórias Poéticas - O que é arte?

O que é arte? Venho me perguntando sobre isso e indagando meus pares e ímpares há algum tempo. A resposta nunca foi e jamais será unânime, ou conclusiva. Todavia, não é tão difícil reconhecer a arte por aqui e acolá.
Das subjetividades que a arte carrega, provocar encantamento nos espectadores, desde os mais simples até os mais críticos, talvez seja a maior das conquistas que um artista.
Bira Lourenço, responsável pela dramaturgia sonora do espetáculo #ABorracheira, definitivamente encanta os espectadores por onde passa. Com um estilo único, buscando extrair da natureza os sons que compõe a música que habita em si e ele exala pelos poros em suas obras.
No espetáculo, a dramaturgia sonora nos transporta para o centro da mais densa e melancólica floresta, sons de pássaros, galhos quebrando, serpentes rastejando atrás de si buscando seu calcanhar, chuva e mergulhos nos rios. De algum modo tudo isso é apresentado ao público gradativamente enquanto os personagens, narradores e atores se fundem na complexidade da obra que ainda está em processo na sede do O Imaginário e terá sua primeira temporada em março de 2020.
Bira é um gênio militante, em momento tão crítico para a Amazônia, ele enaltece seus sons, por meio de matérias primas extraídas do seio do imenso e verde mar de raízes, troncos, folhas, flores, sementes e cipós, árvores resilientes e enlutadas pelas suas irmãs que foram abatidas. Sua genialidade está nos detalhes, no muito que diz sem proferir qualquer palavra.
Qual o som de uma seringueira? Pergunte a ele e a resposta será uma bacia de folhas, sementes e cascas que cantam ao toque de sua mão. Qual o som da terra? Do Madeira? Qual o som da vida no seringal?
Quer saber a resposta?
Assista “A Borracheira”, um espetáculo que tem apoio do #Rumos Itaú Cultural, nos encontramos no ano que vem.

Memórias Poéticas - Depoimento do Público

S-E-N-S-A-C-I-O-N-A-L

É a melhor definição para a apresentação do espetáculo “A Borracheira”, dirigido por Chicão Santos e protagonizado pela atriz Zaine Diniz que atua como a dona do seringal.
O texto representa a dura realidade dos seringueiros amazônicos, que tinham no seu cotidiano o melhor e o pior da floresta, isto é, ao mesmo tempo a beleza exuberante de suas matas e tudo o que ela oferece e as ciladas selvagens que apenas com a benção de Nossa Senhora dos seringueiros se pode vencer.
As experiências vividas por nossos desbravadores, (os quais temos o compromisso de perpetuar suas bravuras) e, não menos ,a luta das mulheres por vez e voz , em um cenário preponderantemente masculino.
O cenário também nos reporta aos sons, odores, vocabulário, iluminação e a energia da floresta, fazendo com que o público se torne parte do espetáculo, no momento em que os atores se dirigem aos mesmos, envolvendo-os nas cenas de um texto complexo e ao mesmo tempo acessível.
Agradeço a receptividade da equipe pela oportunidade de assistir a estreia da peça no teatro Tapiri: um ambiente aconchegante, preparado com muito apreço por todos. 

                                                                                                              Carmem Lúcia Rosita by Facebook













Memórias Poéticas nas lentes

A Borracheira nas lentes II...
Em 2020, temporada no Tapiri. Aguardem!!!!


 


  
 


 













Memórias Poéticas - Depoimento da Atrizes Zaine Diniz

A BORRACHEIRA 🎭🎭🌹 Gratidão a todos que participaram desse momento... um trabalho que me desafiou em todos os sentidos, e que valeu cada esforço. Obrigada Chicão Santos e O Imaginário por tanta sensibilidade na direção desse espetáculo.